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exibições de letras 26

Quando Abri a Boca Meu Bairro Abriu os Olhos

Matheus de Bezerra

Essa orquestra de calibres baixos
Vem desenhando partituras na cabeça dos irmãos
A depender do bairro onde se nasce e morre
Se sentir dor, ou dor das flores
Se falam em dente-de-leão

A associação dos poetas armados
Que pelo alto sons dos tiros
Não ouvem suas poesias
Quando o policial nos mata e forja o nosso golpe
É o jeitinho brasileiro de desenhar a guerra fria

Psicologia dos corpos sem cérebro
Onde o assunto é sempre a causa
E o fim da vida, é sempre a cláusula
A especulação imobiliária age nos necrotérios
E é tão comum esse endereço, que o subúrbio se sente em casa

Eutanásia institucional, nos aplicam o soro da inércia
Vidas que só existe na internet
E nós, queremos Nike, status, porches, money
Mas sem um sobrenome gringo
Nem mesmo possuimos nomes

Isso não é um disco, é um produto
Ligando bairros a um viaduto, um diamante bruto
Dentro de uma lixeira lapidada, é a mãe do nada, é uma fábula
É um livro com um espelho dentro, quem lê, sempre tá no centro
Se nos atinge, é sentimento

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