Afuera

Lá fora

Afuera

Fora
Afuera
As chaves estão perdidas
Se pierden llaves
Há um murmúrio
Hay un murmullo
sirenes soam
Suenan sirenas
Dois caras correm
Corren dos tipos
Uma mordida de Balvanera
Una picada por Balvanera

Fora
Afuera
balas cruzam
Se cruzan balas
sob um caixa eletrônico
Bajo un cajero
Sonhar com linhas
Sueñan linyeras
que em terra firme
Que en tierra firme
Sua praga ameniza entre moedas
Tu peste ablandan entre monedas

Não vejas
No veas
a ausência vem
Llega la ausencia
Fora
Afuera
Eles consertam os céus
Remiendan cielos
O prisioneiro é jogado
Se juega el reo
Suas condolências
Sus condolencias

Se eles vendem, se eles compram
Si venden, si compran
Se eles perguntarem, se eles atrapalharem
Si piden, si estorban
não preste atenção
No atiendas
Não haverá nenhuma maneira
No habrá manera
Se eles oferecem, se eles cobram
Si ofrecen, si cobran
Se eles culpam; perdoar
Si culpan; perdonan
Fora
Afuera
Não haverá nenhuma maneira
No habrá manera

Fora
Afuera
Rolos de negócios
Rueda el negocio
Que isso te atormente
Que te apolille
bactérias
Bacterias
Eles crescem de suas barrigas
Crecen de panza
Com pessoas infelizes que só esperam
Con infelices que solo esperan

Os males negros
Los negros males
O Talibã
Los talibanes
De dentro
De los adentros
isso na calçada
Que en la vereda
Eles quebram correntes
Rompen cadenas
Com seus bocejos de jantares sangrentos
Con sus bostezos de cruentas cenas

Se eles vendem, se eles compram
Si venden, si compran
Se eles perguntarem, se eles atrapalharem
Si piden, si estorban
não preste atenção
No atiendas
Não haverá nenhuma maneira
No habrá manera
Se eles oferecem, se eles cobram
Si ofrecen, si cobran
Se eles culpam; perdoar
Si culpan; perdonan
Fora
Afuera
Não haverá nenhuma maneira
No habrá manera

Fora
Afuera
Nunca vá
Nunca te vayas
De fora
De afuera
Que eles nunca venham
Que nunca vengan
Apagado no sofá
Borrados en el sofá
Vejamos o que eles nos dão
Miremos lo que nos dan
Digamos que não se veja
Contemos que no se ve
O pouco que resta
Lo poco de lo que queda