Rocinha
João Nogueira
Junto ao mar
Num morro que ainda era despovoado
Que dividia a Gávea e São Conrado
Nasceu uma favela
Mora lá
Pedreiros, carpinteiros e costureiras
Cresceu demais, já não tem mais fronteiras
E tornou sem grande e bela
Foi assim
Graças a força da comunidade
Que em pouco tempo já virou cidade
Hoje das favelas é a rainha
No carnaval
O samba por lá também rola
E até já fundou sua escola
Que na passarela, é a caçulinha
Que satisfação
É com grande prazer que exalto
A união entre o morro e o asfalto
Da favela da rocinha
Rocinha também tem sua a imagem
A capela abençoando o dia a dia
Nossa Senhora da Boa Viagem
Se ilumina quando bate a ave Maria
Rocinha já faz parte da aquarela
Da poesia do meu Rio de Janeiro
Salve essa gente de bem que mora nela
Lutando para ser feliz o ano inteiro
Te, também
Não há razão para se guardar segredo
A moçada que mete medo
Na malandragem que mete a mão (mole não)
Tem que tem
Mais pra falar tem que ter respeito
A rocinha mora no meu peito
Do lado esquerdo no meu coração
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