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Seditio

Eths

Letra

A revolução

Seditio

Choro, crânio rachado,
Pleure, le crâne fissuré,

O cérebro exposto,
L'encéphale dévoilé,

Nossos sacrifícios perdidos.
Nos sacrifices perdus.

E reza!
Et prie!

Os gritos abafados,
Les cris étouffés,

De um mutismo ouvido.
D'un mutisme entendu.

A asa quebrada;
L'aile brisée, déprecée;

O anjo se esconde para suportar,
L'ange se cache pour subir,

Intoxicado, os sentidos se decompuseram.
Enivré, les sens décomposés.

Cair, olhos secos,
Tombe, les yeux asséchés,

O templo antigo sitiado.
Le temple antique assiégé.

Nossas sombras mimam,
Nos ombres choient,

O horizonte se curva.
L'horizon ploie.

Portas sofrem,
Les portes souffrent,

Hordas de hordas inimigas.
Des hordes ennemies au pas.

Em abyme, enterrado,
En abyme, enseveli,

As chamas me ensinaram,
Les flammes m'ont appris,

A alma às vezes morre também.
L'âme meurt parfois elle aussi.

Embalsamado no esquecimento,
Embaumée dans l'oubli,

Suave e livre,
Sans heurt ni envies,

A alma morre ...
L'âme meurt...

A nota lenta, dissoluta e irracional;
La note atone, dissone, déraisonne;

Pregar, aprisionar, empoissona,
Prône, emprisonne, empoissone,

E ressoa, monótono, nunca perdoa ...
Et résonne, monotone, ne pardone...

Sangramento, rosto desmembrado,
Saigne, la face démembrée,

No mármore asfixiado,
Sur le marbre asphyxiée,

Nossas cicatrizes decepcionadas.
Nos cicatrices déçues.

Esqueça!
Oublie!

Dentes corroídos
Les dents corrodées

Pela fruta proibida ...
Par le fruit défendu...

O horizonte está se afastando,
L'horizon s'éloigne,

Nossos túmulos testemunham.
Nos tombes témoignent.

A asa quebrada, o anjo da noite,
L'aile brisée, l'ange du soir,

Vítima propiciatória.
Victime propitiatoire.

Portas sofrem,
Les portes souffrent,

Hordas de hordas inimigas.
Des hordes ennemies au pas.

Em abyme, enterrado,
En abyme, enseveli,

As chamas me ensinaram,
Les flammes m'ont appris,

A alma às vezes morre também.
L'âme meurt parfois elle aussi.

Embalsamado no esquecimento,
Embaumée dans l'oubli,

Suave e livre,
Sans heurt ni envies,

A alma morre ...
L'âme meurt...

Trimurti ... criação problemática e descentralizada.
Trimurti... création troublée, désaxée.

Trimurti ... sangra o olho enlutado, onipresença.
Trimurti... saigne l'œil endeuillé, ubiquité.

Trimurti ... os vícios e vísceras acalmaram.
Trimurti... les vices et viscères apaisés.

A ferida se abre em preto,
La plaie s'ouvre sur le noir,

Estupro por esperança;
Le viol pour espoir;

A alma às vezes sangra também.
L'âme saigne parfois elle aussi.

Amargura no espelho,
L'amertume en miroir,

Saída glacial;
Glacial exutoir;

A alma sangra, às vezes seca.
L'âme saigne, parfois sèche.

A asa quebrada, o anjo da noite,
L'aile brisée, l'ange du soir,

Entra para o matadouro;
Rejoint l'abattoir;

A alma seca e depois morre também.
L'âme sèche puis meurt elle aussi.

Profeta Encantador,
Prophète incantatoire,

Promessa ilusória,
Promesse illusoire,

A alma morre ...
L'âme meurt...

Em abyme, enterrado,
En abyme, enseveli,

As chamas me ensinaram,
Les flammes m'ont appris,

A alma às vezes morre também.
L'âme meurt parfois elle aussi.

Embalsamado no esquecimento,
Embaumée dans l'oubli,

Suave e livre,
Sans heurt ni envies,

A alma morre ...
L'âme meurt...

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