Tir Al Ninot
On reparteixen el destí abans de néixer?
Quin és l'origen? A qui les gràcies?
Qui és l'arquitecte i el rei del castell?
L'han mort a disgustos? Morirà de vell?
Pell contra pell, el cor sap com fer
Presoner no oblida la cara del carceller
Sincer amb la vida, de boca explosiva
Sentint-se estranger al desert de la mentira
Viu una nostàlgia del passat que no ha superat
Una crisi de relat, un punyal clavat
Un regust amarg, un dolor ingrat
Tristesa no reparada, un rencor innat
A ell no l'enxufaven a l'equip de la ciutat
A ella la insultaven per ser pobra i malparlada
Males companyies per a pares malpensats
La xusma selecta, d'este carnaval
I el món veu baralles on ells soles ballen
I no poden parar; i no volen parar
Fills del caos i la locura
Filles de les males herbes
Trens que van descarrilar
Ara llancen pedres contra eixe ninot del vostre altar
No recordava els anys d'agitació on el pamflet li funcionava
I ara no fa pamflet, parla d'amor: More drama
Ara ha canviat de plans, plans d'encefalograma
La fama es paga i qui paga mana
No! Que tenen més jaquetes que problemes, que ho sé jo
Que venen talladets tots pel mateix patró
Alçaven la peülla, rajaven de qui no
Tragava amb les doctrines oficials
Carrera meteòrica, èxits assegurats
Fracassos no es contemplen, mercat no regulat
Col·legi religiós, censura parental
Un retoret de dogma i cantinela liberal
Ací el col·legi públic, ací els que anaven mal
Els "jebis" dels 80, els punkis d'aquell bar
Els redskins del poble, els rapers d'aquell parc
L'orgull de la derrota que arrastrem fins al final
I pels seus carrers es passegen
I tenen un bon mercat, avingudes, llums i parcs
I què guapes van per a festes, i què net el cotxe car
I com saben ells estar
I als barris obrers remoregen
Tir Al Ninot
Onde eles compartilham seu destino antes de nascerem?
Qual é a origem? A quem você agradece?
Quem é o arquiteto e rei do castelo?
Eles o mataram de nojo? Ele vai morrer de velhice?
Pele a pele, o coração sabe fazer
O prisioneiro não esquece o rosto do carcereiro
Sincero com a vida, boca explosiva
Sentindo-se um estranho no deserto da mentira
Ele vive uma saudade do passado que não superou
Uma crise de história, um prego espetado
Um gosto amargo, uma dor ingrata
Tristeza não reparada, um ressentimento inato
Ele não estava ligado à equipe da cidade
Ela foi insultada por ser pobre e falar mal
Má companhia para pais imprudentes
A xusma seleta, desse carnaval
E o mundo vê lutas onde só eles dançam
E eles não podem parar; e eles não querem parar
Filhos do caos e da loucura
Filhas de ervas daninhas
Trens que descarrilaram
Agora jogue pedras naquela boneca em seu altar
Ele não se lembrava dos anos de agitação em que o panfleto funcionou para ele
E agora ele não faz um panfleto, ele fala sobre o amor: Mais drama
Agora ele mudou de planos, planos de encefalograma
A fama se paga e quem paga as regras
Não! Que eles têm mais jaquetas do que problemas, que eu conheço
Todos eles vêm cortados para o mesmo padrão
Eles levantaram seus cascos, estalaram naqueles que não o fizeram
Ele engoliu com as doutrinas oficiais
Corrida de meteoros, sucessos garantidos
Falhas não são contempladas, mercado não regulamentado
Escola religiosa, censura parental
Uma retórica de dogma e cantinela liberal
Aqui está a escola pública, aqui estão as que deram errado
Os "jebis" dos anos 80, os punks daquele bar
Os peles-vermelhas da aldeia, os rappers daquele parque
O orgulho da derrota que arrastamos até o fim
E eles andam por suas ruas
E eles têm um bom mercado, avenidas, luzes e parques
E como eles são bonitos para festas e como o carro caro é limpo
E como eles sabem ser
E nos bairros da classe trabalhadora eles murmuram