Addio Elena
Io ti saluto, Elena
Dai miei bottoni perduti
Dai buchi freddi nei calzini
Senza rancore e senza lacrime
Io ti saluto, Elena
Dalle porte e finestre sgangherate
Dai letti sfatti da tre giorni
Dal mio cavallo a dondolo
Io ti saluto, Elena
Dalle mie notti spettinate
Dai tuoi capricci di bambina
Dalle tue voglie ritardate
Da una rosa settembrina
Dalle mie sbronze senza rete
Dalla nostra assemblea permanente
Dal ruggito del Black&Decker
Ti saluta il comandante
Da questa terra di nessuno
Dal fallimento dell’impresa
Dall’ultimo pane fatto in casa
Da questa torre di Babele
Dal mio veliero mai partito
Dalle mie conchiglie usate
Dalla nave ormai a fondo
Ti saluta il capitano
Io ti saluto, Elena
Da un aquilone senza filo
Da un filo senza palloncino
Da questi versi inutili
Io ti saluto, Elena
Adeus Elena
Eu te saúdo, Elena
Dos meus botões perdidos
Dos buracos frios nas meias
Sem rancor e sem lágrimas
Eu te saúdo, Elena
Das portas e janelas desgastadas
Das camas desarrumadas há três dias
Do meu cavalo de balanço
Eu te saúdo, Elena
Das minhas noites bagunçadas
Das tuas birras de criança
Dos teus desejos atrasados
De uma rosa de setembro
Das minhas bebedeiras sem rede
Da nossa assembleia permanente
Do rugido do Black&Decker
Te saúda o comandante
Desta terra de ninguém
Do fracasso da empreitada
Do último pão caseiro
Desta torre de Babel
Do meu veleiro nunca partido
Das minhas conchas usadas
Do navio já afundado
Te saúda o capitão
Eu te saúdo, Elena
De uma pipa sem linha
De uma linha sem balão
Destes versos inúteis
Eu te saúdo, Elena