En Guerra

Me he cansado de lanzar al viento cánticos de amor y libertad
Me han robado toda la ilusión los sicarios del estado
No me han dejado más opción que batallar
Y es que la guerra es más humana que la propia paz

Hoy los buitres negros muestran sus banderas
Símbolo de fe y mediocridad
Visten la ciudad con su ignorancia
Tras los barrotes luce henchida la palabra libertad

Ven al paraíso de los necios
De ladrones encerrados en mansiones
Y de viudas pensionistas arruinadas
De redadas a inmigrantes que no tienen nada

Ven al salón de algún hogar de un barrio humilde de Madrid
Donde unas velas sirven de calefacción
Es pleno invierno, todo está a oscuras
Por la ventana entra la luz de las farolas
Apedreadas por un joven que no tiene identidad
Que busca a tientas un futuro entre el cemento
En pleno centro de un reino oxidado
Que está plagado de emisarios patriotas
Que no comprenden ni comprenderán
Que el esplendor de una bandera está forjado en dignidad

Na guerra

Estou cansado de jogar canções de amor e liberdade ao vento
Os pistoleiros do estado roubaram toda a minha ilusão
Eles não me deixaram escolha a não ser lutar
E é que a guerra é mais humana do que a própria paz

Hoje os abutres-negros mostram suas bandeiras
Símbolo de fé e mediocridade
Eles vestem a cidade com sua ignorância
Atrás das grades a palavra liberdade está inchada

Venha para o paraíso dos tolos
De ladrões trancados em mansões
E de viúvas aposentadas arruinadas
De ataques a imigrantes que não têm nada

Venha para a sala de uma casa em um bairro humilde de Madrid
Onde algumas velas servem de aquecimento
É inverno, está tudo escuro
A luz da rua entra pela janela
Apedrejado por um jovem sem identidade
À procura de um futuro entre o cimento
No coração de um reino enferrujado
Que está crivado de emissários patrióticos
Que eles não entendem nem vão entender
Que o esplendor de uma bandeira é forjado com dignidade

Composição: Roberto Ruido