Sole
A volte, certo, capita anche a me
Di non avere voce per parlare o per cantare
Cantare
Ma in fondo mi conosco, sbaglio tutti I tempi
Non era questo forse il migliore per I miei silenzi?
E lo capisco bene mentre io ti guardo arrivare
Da un cielo terso e limpido che non nasconde alcun rumore
Perdendomi negli angoli del tuo splendore
Mi chiedo dove mai sia finito il sole
E proprio oggi che il cielo è azzurro, è troppo azzurro
E non c'è macchia gialla neanch a immaginare
Ma se guardo in basso e vedo te in un istante
Poi capisco che è finito dentro te proprio quel sole
E adesso è il momento in cui vorrei cantare, ritrovare la mia voce
Quella persa come ho perso il sole
Se mi giuri che rimani io ti lascio la mia voce
Ci saranno altri silenzi, altri tempi da sbagliare, amore
E tutto intorno sembra aver trovato un senso che ti invade e mi assale
La paura di sfiorarti nelle mani incontra il mio sudore
Io non posso fare altro che ammirare
Come un uomo aspetta passi il temporale purchè torni il sole
Nel mondo dicon tutti che ci sia poca bellezza da salvare e da rubare
Non sanno mica quanta ne nasconda questo mio stupore
A tratti mi tradisco e mi lascio andare
Vorrei gridare senza alcun pudore che lei mi ha rubato il sole
Único
Às vezes, é claro, acontece comigo
De não ter voz para falar ou para cantar
Cantar
Mas no fundo eu me conheço, erro o tempo todo
Então quem sabe isso não seria melhor para o meu silêncio?
E entendo isso bem enquanto te vejo chegar
De um céu limpo e claro que não esconde qualquer ruído
Perdendo-me nas esquinas do seu esplendor
Me pergunto onde é que o Sol nunca se pôs
E justo hoje que o céu é azul, azul demais
E não tem mancha amarela nem mesmo a se imaginar
Mas se olho para baixo e te vejo em um instante
Posso entender que é em ti que foi parar aquele Sol
E agora é o momento em que quero cantar, recuperar a minha voz
Que perdí como também perdí o Sol
Se me juras que não vai embora, eu te empresto a minha voz
Haverá outros silêncios, outros momentos para errar, amor
E tudo ao redor parece ter encontrado um sentido que te invade e me ataca
O medo de tocar-te as mãos de leve encontra o meu suor
Não posso fazer outra coisa além de admirar
Como um homem espera passar o temporal porque retornará o Sol
No mundo todos dizem que há pouca beleza para salvar ou roubar
Não fazem ideia de quanta beleza se esconde no meu deslumbramento
De vez em quando me traio e me deixo andar
Quero gritar sem qualquer pudor que ela me roubou o Sol