Insomnie

Encore une nuit sans l'ombre d'un sommeil
Encore une nuit trop longue sans rêve qui me reveille
Garder les yeux ouverts pourtant remplis de sable
Regard accroché dans le vide à faire des bilans lamentables

Encore une nuit sans l'espoir d'une fatigue soudaine
Encore une nuit à résister sans s'épuiser soi même
Voir les heures s'écouler plus rapides que l'éclaire
Voir les heures se faner
Puis soudain la lumière
Puis soudain la lumière
Puis soudain ...

Combien de temps encore
Combien de sablier
D'échec et de remord
Et combien de cachet
Voir l'autre se pointer enfin quand mon corps capitule de savoir que du matin ce petit temps ridicule

Combien d'éveil
Et pour combien de temps
Mon corps qui se lève et qui négligemment en oublie le soleil par lâcheté par peur de connaître de la nuit que sa mauvaise humeur

Encore une journée à lutter pr ne pas baisser les armes
Encore un jour à espérer
À redouter le drame
Être enfui dans des draps
Usés de faire la guerre
À bien plus fort que moi et toi qui me désespères
Encore une journée minable
À l'ombre de mes pas
Pas un jour raisonnable
Pas une minute sans combat
Loin du vent du vacarme
Du tonnerre de la pluie
Revenir au silence au calme de la nuit
Au calme de la nuit
Au calme

Combien de temps encore
Combien de sablier
D'échec et de remord
Et combien de cachet
Voir l'autre se pointer enfin quand mon corps capitule de savoir que du matin ce petit temps ridicule

Combien d'éveil
Et pour combien de temps
Mon corps qui se lève et qui négligemment en oublie le soleil par lâcheté par peur de connaître de la nuit que sa mauvaise humeur

Combien d'éveil
Et pour combien de temps
Mon corps qui se lève et qui négligemment voit le soir débarquer avec dans ses valises l'insomnie bien rangée pliée entre deux chemises

Insônia

Outra noite sem a sombra do sono
Outra noite muito longa sem um sonho que me acorde
Mantenha os olhos abertos, no entanto cheios de areia
Olhar turvo para o vazio, fazendo avaliações lamentáveis

Outra noite sem a esperança de uma canseira repentina
Outra noite a resistir sem me esgotar
Olhar as horas que passam mais rápido que a luz
Olhar as horas se desfazerem
Depois de repente a luz
Depois de repente a luz
Depois de repente...

Quanto tempo ainda?
Quantas ampulhetas,
Falhas e remorso?
E quantas pílulas?
Ver o outro apontar-se enfim quando meu corpo se rende ao saber que a manhã é um tempinho ridículo

Quantos despertares
E por quanto tempo?
Meu corpo que se levanta e que descuidadamente esquece o sol por covardia, por medo de conhecer a noite e seu mau humor

Outra jornada lutando, sem abaixar a guarda
Outro dia a esperar
A temer o drama
Se esconder entre os lençóis
Usados para fazer a guerra
Mais forte que eu e você e meu desespero
Outro dia patético
À sombra dos meus passos
Um dia não racional
Nenhum minuto sem combate
Longe do vento, do barulho
Do trovão, da chuva
Retornar ao silêncio, à calma da noite
À calma da noite
À calma...

Quanto tempo ainda?
Quantas ampulhetas,
Falhas e remorso?
E quantas pílulas?
Ver o outro apontar-se enfim quando meu corpo se rende ao saber que a manhã é um tempinho ridículo

Quantos despertares
E por quanto tempo?
Meu corpo que se levanta e que descuidadamente esquece o sol por covardia, por medo de conhecer a noite e seu mau humor

Quantos despertares
E por quanto tempo?
Meu corpo que se levanta e que descuidadamente vê a noite desembarcar com, dentro de suas malas, a insônia bem alinhada, dobrada entre duas camisas

Composição: