Meiuqèr
Todo un año de duda y silencio
De resaca, de látigo y sal
De luchar, de jugarme la vida
Matando mentiras a toda verdad
De luchar, de jugarme la vida
Matando mentiras a toda verdad
Hoy la pausa ya muere en mis manos
Ya clarea esta noche invernal
Os debía esta primera estampa
Esta paz neonata, esta humilde postal
Os debía esta primera estampa
Esta paz neonata, esta humilde postal
Solo yo duermo conmigo
Solo yo me veo despertar
Y solamente el suelo que piso
Me escucha al andar
Ahora que abro este grifo infinito
Que ojalá no se vuelva a cerrar
Por lo menos que riegue la tierra
De todos aquellos que fuisteis mi mar
Por lo menos que riegue la tierra
De todos aquellos que fuisteis mi mar
Reconozco que aún vive el miedo
Me susurra que nunca se irá
Pero habéis conseguido asustarlo
Ya no grita tanto, ya no duele igual
Pero habéis conseguido asustarlo
Ya no grita tanto, ya no duele igual
Solo yo duermo conmigo
Solo yo me veo despertar
Y solamente el suelo que piso
Me escucha al andar
Ya me callo, ya vuelvo al trabajo
Que, por cierto, el mío es no dejar de hablar
Gracias por extirparme el silencio
Prometo intentar no callar nunca más
Gracias por arrancarme el silencio
Prometo intentar no volver a callar
Meiuquèr
Um ano inteiro de dúvida e silêncio
Ressaca, chicote e sal
Para lutar, para arriscar minha vida
Matando mentiras para toda a verdade
Para lutar, para arriscar minha vida
Matando mentiras para toda a verdade
Hoje a pausa já morre em minhas mãos
Já está claro nesta noite de inverno
Eu te devo este primeiro selo
Esta paz recém-nascida, este humilde postal
Eu te devo este primeiro selo
Esta paz recém-nascida, este humilde postal
Só eu durmo comigo
Só eu me vejo acordar
E apenas o solo em que piso
Me ouve quando eu ando
Agora que abro esta torneira infinita
Espero que não feche de novo
Pelo menos eu rego a terra
De todos aqueles que foram o meu mar
Pelo menos eu rego a terra
De todos aqueles que foram o meu mar
Eu reconheço que o medo ainda vive
Sussurra para mim que isso nunca irá embora
Mas você conseguiu assustá-lo
Já não grita tanto, já não dói mais
Mas você conseguiu assustá-lo
Já não grita tanto, já não dói mais
Só eu durmo comigo
Só eu me vejo acordar
E apenas o solo em que piso
Me ouve quando eu ando
Estou calado, estou de volta ao trabalho
Que, aliás, o meu é não parar de falar
Obrigado por extirpar o silêncio
Eu prometo tentar não calar mais a boca
Obrigado por arrancar o silêncio de mim
Eu prometo tentar não me calar de novo