Metade

A Dualidade Humana em 'Metade' de Oswaldo Montenegro

A canção 'Metade', de Oswaldo Montenegro, é uma reflexão poética sobre a dualidade inerente ao ser humano. A letra aborda a constante luta interna entre o que somos e o que desejamos ser, entre o que expressamos e o que silenciamos. Montenegro utiliza a metáfora da 'metade' para descrever os sentimentos contraditórios que coexistem dentro de nós, como o grito e o silêncio, a partida e a saudade, o ouvir e o calar.

O poema cantado expressa o desejo de equilíbrio entre essas metades, buscando paz e calma em meio às tensões internas. A música sugere uma aceitação da complexidade emocional, onde cada aspecto do ser tem seu valor e importância. A 'metade' que ama e a que sente saudade, a que lembra com doçura e a que desconhece partes de si, todas formam o todo de uma pessoa. A simplicidade é elevada como um valor essencial para a compreensão da arte e da vida, sugerindo que a complexidade emocional não precisa ser um fardo, mas pode ser uma fonte de beleza e expressão.

A obra de Oswaldo Montenegro é conhecida por sua profundidade lírica e 'Metade' é um exemplo claro disso. A música não apenas descreve a condição humana, mas também oferece consolo, ao reconhecer que todos compartilhamos dessa dualidade e que, no fim, tanto o amor quanto a loucura são partes aceitáveis e integrantes de nossa identidade.