Convicção
Mauro Amorim
Que estranha força me dá
O exílio da solidão
Da soma de tantos vazios
Quando a solidão
É o avesso vazio, da percepção
É o avesso vazio, vazio de percepção
Querendo que ela me abrace
Abrindo os braços alados
Olho a banda passar
Junto dos inconformados
Talvez esse dia não chegue
E os vazios cubram o mundo
Mas o meu mundo é ela
Por seus sussurros profundos
Que estranha força me dá
Cantando em todos os tons
Vestida de todas as cores
Afronta a deusa de prata
Deusa de tantos horrores
Sem medo ecoa seu grito
Clara como a liberdade
Silencia mil zumbis
Acima da humanidade
Que estranha força me dá
Que fio de esperança me dá
Seu brilho na escuridão
Que em versos fala de amor
E em prosa de convicção
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