LUZ DELITO

Qué tal, dijo el hombre rutinario
Mirala a la muchacha cómo besa su rosario
Pide al cielo y suspira con su rezo diario
Pero se ve que Dios no escucha a los de su barrio

Y qué tal, salí a fumar a tu vereda
Tenés cara de asco porque la verdad te altera
Tenés un perro feo, unos ojos de madera
Y el alma igual al maniquí que mira en la vidriera

Mil frases me nacen, se esparcen los gases
Y solo puedo pensar en que me olvidé el envase
En base a que estar tranquilo, es algo que no me nace
Dejo afuera la prudencia y sigo hecho un kamikaze

Flow que genera un desfase y la cara se me derrite
Las palabras se deshacen, patada de-, del enchufe
Enchufé el dedo en el sub buffer
En el que la incoherencia me seduce

Qué tal, dijo el hombre rutinario
Mirala a la muchacha cómo besa su rosario
Pide al cielo y suspira con su rezo diario
Pero se ve que Dios no escucha a los de su barrio

Y qué tal, salí a fumar a tu vereda
Tenés cara de asco porque la verdad te altera
Tenés un perro feo, unos ojos de madera
Y el alma igual al maniquí que mira en la vidriera

Tengo mil maneras de avivar el fuego
Si te miro en serio, capaz que te quemo
Ayer tu vecino me gritó blasfemo
Dije que Dios no baja del cielo

Y yo sigo frenético bailando en el piso
Guiado por el flow de algún son pegadizo
Quiero irme de esta tierra, mañana alunizo
A ver si por esos lados encuentro algún paraíso

Preguntan quién llegó, el motherfucker
El que aguanta los trapos con las manos rotas
El que descoca, llega y te emboca
Lleva y va a buscar, porque sabés cómo es la nota

No te hagas el violento conmigo
Tengo unos negros perros con los que convivo
Combino un flow demasiado argentino
Demasiado duro pal' mal gusto de tus amigos

LUZ DO CRIME

O que há, disse o homem de rotina
Olhe para a garota como ela beija o rosário
Peça o céu e suspire com sua oração diária
Mas é visto que Deus não ouve os que estão em sua vizinhança

E que tal, eu saí para fumar na sua calçada
Você parece enojado porque a verdade o perturba
Você tem um cachorro feio, alguns olhos de madeira
E a alma igual ao manequim que olha pela janela

Mil frases nascem para mim, os gases se espalham
E só consigo pensar que esqueci o contêiner
Baseado em ser calmo, é algo que não nasceu para mim
Deixo a prudência de fora e ainda estou fazendo um kamikaze

Fluxo que gera um atraso e meu rosto derrete
As palavras são desfeitas, chutadas, do plugue
Conecte seu dedo no sub-buffer
Em que incoerência me seduz

O que há, disse o homem de rotina
Olhe para a garota como ela beija o rosário
Peça o céu e suspire com sua oração diária
Mas é visto que Deus não ouve os que estão em sua vizinhança

E que tal, eu saí para fumar na sua calçada
Você parece enojado porque a verdade o perturba
Você tem um cachorro feio, alguns olhos de madeira
E a alma igual ao manequim que olha pela janela

Eu tenho mil maneiras de acender o fogo
Se eu olhar para você seriamente, eu posso te queimar
Ontem seu vizinho gritou comigo blasfema
Eu disse que Deus não desce do céu

E eu ainda estou dançando freneticamente no chão
Guiados pelo fluxo de alguns são cativantes
Eu quero deixar esta terra, amanhã eu aterro
Vamos ver se encontro algum paraíso nesses lados

Eles perguntam quem chegou, o filho da puta
Aquele que segura os trapos com as mãos quebradas
Quem descoca, chega e emboca
Pegue e vá procurar, porque você sabe como é a nota

Não seja violento comigo
Eu tenho cães pretos com quem moro
Combino um fluxo muito argentino
Muito difícil amigo mau gosto de seus amigos

Composição: WOS