Me olho no espelho
Me sinto velho
Olho dentro de mim mesmo
Bem no fundo de mim mesmo
Me sinto novo

Passando por cima dos meus princípios
Abdicando dos meus vícios e todas as leis
Um coração de pedra com a batida por minuto
Eu sou agrave, profundo

Mas quem eu serei? O que será
Que vai vir aqui pra resolver?
Com a pedra e a estaca na mão
Na outra, escrito a minha condenação
Minhas mentiras, verdades, erros e acertos
Os meus favores ao chão
Minha bondade à beira do mal
Choque direto no lobo frontal

Ah, eu sei, irmão
Não vai confirmar nossa previsão
Vem pra cá me dar a mão
Que vai confirmar nossa previsão

Seria um crime, tudo em vão, a gente se arrancar assim da vida
Já que as alegrias são maiores que as feridas
Para nos redimir, revitalizar
Você vai ver de lá

Se eu gostar, se eu quiser o quê
Outra vez, tudo de vez, sorte ou revés
Se eu chamar e se eu gritar
Sinal de fumaça
Pra nos distrair, telepatizar
Você vai ver de lá

Vestígios de nós em todo lugar
Você vai lembrar, nossa guerra já acabou
Nossa redenção equaliza a alma e o coração
E o que somos nós? O que ficou de nós?

Composição: Davide Bori / Dieguito Reis / Jajá Cardoso / Luca Bori