Wake

With the door closed, shades drawn, the world shrinks
Let's open up those blinds
But someone has to sweep the floor, pick up her dirty clothes
That job's not mine

Now that everyone's an enemy, my heart sinks
Let's put away those claws
I don't blame their for their curtain-calls, 'cause I pulled the rope
I wanna call them back out for applause

Spring and Thompson on the first of may is horrible
We hid in catacombs
So now I'm sleeping next to mousetraps in a bed of all our clothes
While I hope that she won't come home

And it was easier to lock the door and kill the phones
Than to show my skin
Because the hardest thing is never to repent for someone else
It's letting people in

Well, you can come inside, unlock the door, take off your shoes
But this might take all night
To explain to you I would've walked out those sliding doors
But the timing never seemed right

When your helicopter came and tried to lift me out
I put its rope around my neck
And after that you didn't bother with the airlift or the rescue
You knew just what to expect

That with the door closed, shades drawn, we're dead enough
We don't open from outside
And someone has to speak with their teeth behind their tongue
To never let that right be denied

We can't rely on photographs or visitation time
But I just don't know where to begin
I wanna bust down the doors, if you're willing to forgive
I've got the keys, I'm letting people in

Don't be scared to speak
Don't speak with someone's tooth
Don't bargain when you're weak
Don't take that sharp abuse
Some patients can't be saved, but that burden's not on you

Don't ever let anyone tell you you deserve that

Velório

Com as portas e cortinas fechadas, o mundo encolhe
Vamos abrir essas persianas
Mas alguém precisa varrer o chão, recolher suas roupas sujas
Essa obrigação não é minha

Agora que todos são inimigos, meu coração afunda
Vamos guardar essas garras
Eu não os culpo por fecharem as cortinas, pois eu puxei a corda
Quero trazê-los de volta para receber aplausos

Spring & Thompson no primeiro de maio é horrível
Nós nos escondemos em catacumbas
Então agora eu durmo ao lado de ratoeiras, numa pilha das nossas roupas
Enquanto torço para que ela não volte pra casa

E foi mais fácil trancar a porta e cortar as linhas de telefone
Do que mostrar a cara
Porque o maior desafio nunca é se arrepender por outro
É deixar as pessoas entrarem

Bem, você pode entrar, destranque a porta, tire os sapatos
Mas pode levar a noite inteira
Pra te explicar que eu teria saído por aquelas portas deslizantes
Mas a hora nunca pareceu apropriada

Quando o seu helicóptero veio e tentou me socorrer
Eu coloquei a corda em volta do meu pescoço
E depois disso você não se preocupou com o resgate ou o transporte
Já sabia exatamente o que esperar

Que com as portas e cortinas fechadas, já estamos mortos
Não abrimos mais por fora
E alguém tem que falar com os dentes por trás da língua
Pra nunca deixar esse direito ser negado

Nós não podemos contar com fotos ou horários de visita
Mas eu não sei por onde começar
Eu quero derrubar as portas, se você quiser perdoar
Eu tenho a chave, eu vou deixar as pessoas entrarem

Não tenha medo de falar
Não fale com as palavras de outro
Não negocie quando estiver fraca
Não aceite aquele grave abuso
Alguns pacientes não podem ser salvos, mas esse fardo não é seu

Nunca deixe ninguém te dizer que você merece aquilo

Composição: Peter Silberman