Akeron no Kawa

おちてゆくむくろは
こころうばわれて
とわのひたんに
くれさまよう

こころざし なく
むいにいきたものたちへの
かみのばつ

ぼうきゃくのかわよ / ひたんのみず
よせてかえす
くろいよみのかわ
わすれさられてく
いにしえのひ
くろいみずはでんせつたたえく

おちてゆくこころは
みたましらされず
とがのいしきに
さいなまれる

あわれみもなく
れいこくむざんなものへの
てんのばつ

ばびろんのたみよ
まむしのすえ
したどおちる
あかいししゃのみず
じっとみすえてる
ごるごんのめ
よみのときは
よどみてながれく

Rio Aqueronte

Os corpos que apodrecem
tem os corações roubados
E terminam vagando
na amargura eterna

Para os sem bondade
E para aqueles que viveram no ócio
A punição dos deuses

O rio do esquecimento, a água da amargura
Volta se aproximando
O rio do submundo negro
Vai sendo esquecido
O dia antigo
O rio negro transborda na mitologia

O coração que vai degenerando
Não reconhece seu espírito decaído
Ele remói-se com a lembrança
da repressão

Para aqueles sem nenhuma compaixão
E para aqueles com o coração de gelo
A punição dos céus

A população da Babilônia
A ponta da víbora
Está caindo, pingando
A água do morto vermelho
Estou fitando firmemente
Os olhos da Górgona
O tempo do submundo
Vai se estagnando.

Composição: