Mirage

urusai tōri ga neiki tateru koro
nō to karada ga kairi suru
atorantikku shayō o samayou
shinka suru utsutsu yo shizume shizume dare shiranu soko made

yō sorō, harō. sorō, harō
futari shiru koto kodoku ni onaji
yō sorō, harō. sorō, harō
kurushimu hodo ishiki wa saeru

seiza shita gō meihaku na hora
itetsuku sora hoshi ga furu mirāju

fukai soko e sasoikonde
shizumu fune mo watashi no ude de
ukabiagaru mō ichi do

mikan no mama de nani ka ga chigau

shizumu machi mo watashi no ude de
ukabiagaru yo

ano hi ni okisarareta rekishi wa
kakite o nakushite tomatte iru
shiru sube o motanu fune wa
doko e mo ikenai mama kuchite iku yo

ima iki o tometanara ba nan mo
ubawarezu ni mokuzu ni natte
ā iranai riyū nado
shūchaku no eki e mō kaeranai

seiza shita gō meihaku na dō
itetsuku sora hoshi ga furu mirāju

fukai soko e sasoikonde
shizumu fune mo watashi no ude de
ukabiagaru mō ichi do

mikan no mama de nani ka ga chigau

shizumu machi mo watashi no ude de
ukabiagaru no ni

namima ni tokete iku kankaku o sutete
fuhai shita kono koe kara nakushite wasureru
subete ga kieuse saigo ni nokoru mono wa
miren no yō ni saite miserukasureta souma-tō

hisure ba hana dare mo shiranai
kono mama watashi o nomikome

utsushite mirāju
nan mo iranai mō iranai

fukai soko e sasoikonde
shizumu fune watashi no ishiki o
aoku kakuse shinki rō

shizumu saigo namiuchi kiwa e
ni do to modoranai

Miragem

O mais alto som em respirações ao dormir
Mente e o corpo divergem
Atlântico, o Sol poente perdura
É a realidade em evolução, afunda, afunda, ninguém conhece o fundo

Calma agora, olá. Agora, olá
O que sabemos é o mesmo que a solidão
Calma agora, olá. Agora, olá
A consciência é tão clara que dói

Ações em um silêncio, um vazio obvio
Céu gelado, miragem de estrelas cadentes

Tentada nessas profundezas
Esse navio afundando deve subir
Pela minha mão, mais uma vez

Incompleto, tem algo errado

A cidade naufragada se levantará
Pela minha mão yo

A história que deixamos de lado naquele dia
Sem um escritor, ele parou
Este navio que não sabe como
Incapaz de se mover, começa a apodrecer

Se você parar de respirar, então sem perda
Você pode se afogar com as algas
Ah não preciso de motivos
Não posso voltar para a última estação

Ações em um silêncio, um vazio obvio
Céu gelado, miragem de estrelas cadentes

Tentada nessas profundezas
Este navio afundando deve subir
Pela minha mão, mais uma vez

Incompleto, tem algo errado

A cidade naufragada se levantará
Pela minha mão, mas

Ele derrete entre as ondas, abandone seus sentidos
Perdido e esquecido por esta voz decadente
Tudo desaparece e o que sobrou
São lanternas borradas, florescendo como uma emoção persistente

Se você esconder esta flor, ninguém vai saber
Nesse ritmo eu vou ser engolida

Projete a miragem
Ninguém precisa, eu não preciso

Tentada nessas profundezas
Navio afundando, esconda minha consciência
Em azul, miragem

Fim do afundamento, para a costa da água
Não vamos voltar de novo

Composição: REOL