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Amores e Vícios

Matheus MT

Muita luz e pouco foco
Entre erros e acertos
Poupe me dos seus propósitos
O que eu quero agora é gelo
Já se foram alguns dos nossos
E agora eu vou cobrar quem veio pra atrasar
Quem nunca foi somar nem quis me ajudar
Quando eu sozinho tinha o
Nada
Olha quanto tempo a vida nos maltrata
Corre, vida leva, tempo é fumaça
Hoje eu prefiro conhaque na taça
Fui dar uns tapa pra ver se passa
Mas acho que o problema é comigo
Quase que um martírio
Vivo instinto vira lata
É, manda avisar!
Que conflitos existenciais só vão me fortificar e

Não vai prestar se eu começar
A me envolver nesse teu jeito de olhar
Entre ruas, curvas, notas sujas, amigos
Nega se der mole, caso contigo!
E se eu começar é sem parar
Vida ingrata e a gata não parava de olhar
Entre ruas, curvas, são amores e vícios

Fugir
De tudo que nos ronda, trás rancor e desaponta
E se ninguém paga minhas contas
A milianos eu faço o corre
O trânsito dessa cidade dá vontade de fugir
Daqui!
Atrás do malote e poesias brutas
Cujo só quem trampa vai subir
E eu canto pra subir
Pra ver se algo muda
O mundo muda num segundo
E eu não vou ficar aqui
Esperando o tempo passar
Cogitando quando sumir
Esquecendo de aproveitar
Ou dependendo de ti!
Não acredito em sorte ou azar
Acredito em fé e em mim
Acredito na força do amar
Admito, vícios em mim
Dropando bases, ando cuspindo punchlines
E dando valor pra quem age
Na humildade, eu só quero fazer meu dim
Então solta a porra dessa base
Que hoje eu rimo até mais tarde
Até essa noite ter um fim!
Nada anda tão bom assim
Nada faz tão bem pra mim
Nem é que tá tão ruim
Sei que as coisas vão fluir
Mas há um vazio em mim
Lembra quando rolou o caô?
Falei que ia segurar
Acho que foi o que salvou
Segue chapa! Demorô, maré não vai me levar!
Entre becos enfim cedo
Eu senti medo e tive apego
E sempre perco pro amor
Saca, mágoas? Não, valor!
Traga mais, porque rancor já sufocou
Na sul ficou
Junto com trapos, panos, falsos manos
E falhos planos, eu tô
Elaborando rotas, cotas, só pra provar quem eu sou
Colecionando amores, xotas
Dores e brahmas no isopor
E hoje só querendo apenas me despir com seu sabor
Vendo o entardecer
Pronto pra aturar qualquer caô

Não vai prestar se eu começar
A me envolver nesse teu jeito de olhar
Entre ruas, curvas, notas sujas, amigos
Nega se der mole, caso contigo!
E se eu começar é sem parar
Vida ingrata e a gata não parava de olhar
Entre ruas, curvas, são amores e vícios

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