Cabide de Molambo
João da Baiana
Meu Deus, eu ando com o sapato furado
Tenho a mania de andar engravatado
A minha cama é um pedaço de esteira
E uma lata velha me serve de cadeira
Minha camisa foi encontrada na praia
A gravata foi achada na Ilha da Sapucaia
Meu terno branco parece casca de alho
Foi a deixa de cadáver num acidente do trabalho
O meu chapéu foi de um pobre surdo e mudo
As botina foi de um velho, da Revorta de Canudo
Quando eu saio a passeio, as damas ficam falando
Trabalhei tanto na vida, o malandro tá gozando
A refeição é que é interessante
Na tendinha do Tinoco, no pedir eu sou constante
O Português, meu amigo sem orgulho
Me sacode um caldo grosso, carregado no entulho
Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de João da Baiana e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: