Esmagado por um turbilhão
Que vaga sem coração
Arrastado pela correntes do mar
Onde nem mesmo as águas
Podem se segurar
Nesse imenso e vasto oceano
Imerso em solidão

Na cama de pedra que é como o mar
O travesseiro é como a embarcação
E o cobertor, as velas que indicam a direção
O sono, como ondas que em sutil remanso
Balançam, fazendo esquecer de tudo e todos

Até que de novo
Volte a tempestade no sonho
Que como um enorme pesar
Novamente nos faz lembrar

E coloca sobre a mesa
Com enorme destreza
Seus defeitos, sua proeza

E no fundo daquele mar
Depois de naufragar
Verás que não é com pedra
Que outra embarcação fará

Composição: Ícaro Guilherme Rezende Queiroz