Esmagado por um turbilhão
Que vaga sem coração
Arrastado pela correntes do mar
Onde nem mesmo as águas
Podem se segurar
Nesse imenso e vasto oceano
Imerso em solidão
Na cama de pedra que é como o mar
O travesseiro é como a embarcação
E o cobertor, as velas que indicam a direção
O sono, como ondas que em sutil remanso
Balançam, fazendo esquecer de tudo e todos
Até que de novo
Volte a tempestade no sonho
Que como um enorme pesar
Novamente nos faz lembrar
E coloca sobre a mesa
Com enorme destreza
Seus defeitos, sua proeza
E no fundo daquele mar
Depois de naufragar
Verás que não é com pedra
Que outra embarcação fará