Não é pecado, não é crime
Não é delito
Eu confesso, é esquisito
Mas também não é infinito
Tudo passa, mas tudo volta
Eles vão, depois batem na porta, onde choram
E agora depois de outra daquela história
Tudo é como outrora
Como naqueles tempos idos
Que todos relembram agora
O pesar de não abraçar e se aprochegar
Naqueles que já foram embora
Sabem que não há nada a fazer
Que tudo passou
E que não há mais portas pra bater
Pelo crime de abraçar
Queria ser condenado
Pelo pecado de estar
Queria ser julgado
Mas agora e ainda depois de agora
Só lhe resta bater na porta
E quem sabe, como outrora
Se aprochegar em mais uma história