Idiota

Es inútil, no vale la pena
En invierno el sol no calineta
Sino que se congela
Y cae a trozos sobre mi
Y me raja el alma

Que a grito mudo se queja
Toneladas de tristeza
Mi mochila de cemento
Y mi cabeza que no para de pensarte
Y ¡cómo pesas!

Si no quieres escuchar, caminaté
Si no me quieres mirar, pisamé
Aun puedo ser la acera donde tu perro juega
O aprovechaté

Cómo una limosna me entregas
Instantes de tu presencia
Que me arranca mil sonrisas ciegas
Un topo sé en tu indiferencia
Que me mata dentro.

Y esos ojos ya no se tropiezan
Ni tiemblan cuando estoy cerca, no
Ahora bostezan y se van
No importa donde

Si no quieres escuchar, caminaté
Si no me quieres mirar, pisamé
Aun puedo ser la perra que en tu olvido cogea
O aprovechaté

Aquí me ves quemando margaritas a tus pies
Con la lengua ardiendo
Y mi alma a la sombra de un ciprés
Y tú con tu boca en cualquier bar de copas
Regalando besos, bebiendo la copa
No ves mi derrota
Mira, no ves mi derrota

Tu cariño sale ya sin fuerza
Como el cava en la botella
Que lleva una vida abierta
Y patético lo intenta
No juegue, no mienta

Nunca vi una mirada tan hueca
Tan vacia de ganas
Tan lejos cuando te acercas
Y aun te ries cuando te sale mi tristeza

Y la vida te dará lo que me das
Desde el barro quizás me recordarás
Y te verás buceando, en tus podridos charcos
Y allí te ahogarás

Aquí me ves quemando margaritas a tus pies
Con la lengua ardiendo
Y mi alma a la sombra de un ciprés
Y tú con tu boca en cualquier bar de copas
Regalando besos, perdiendo la ropa
No ves mi derrota

Duele la pena, duele la pena
Me mata el veneno de esa viuda negra
Duele la pena, duele la pena
Y me está matando esa mujer

Aquí me ves quemando margaritas a tus pies
Con la lengua ardiendo
Y mi alma a la sombra de un ciprés
Y tú con tu boca en un bar de copas
Regalando besos, perdiendo la ropa
No ves mi derrota
Idiota, no ves mi derrota
Idiota

Idiota

É inútil, não vale a pena
No inverno o sol não aquece
Mas sim que se congela
E cai a pedaços sobre mim
E me racha a alma

Que a grito mudo se queixa
Toneladas de tristeza
Meu saco de cimento
E minha cabeça que não para de pensar em você
E como pensa!

Se não quer me escutar, caminhe
Se não quer me ver, pise-me
Ainda posso ser a calçada onde teu cachorro brinca
Ou se aproveite

Como uma esmola me entregas
Instantes de tua presença
Que me arranca mil sorrisos cegos
Uma toupeira sei em tua indiferença
Que me mata por dentro

E esses olhos já não se tropeçam
Nem tremem quando estou perto, não
Agora bocejam e se vão
Não importa aonde

Se não quer me escutar, caminhe
Se não quer me ver, pise-me
Ainda posso ser a vadia que em teu esquecimento geme
Ou se aproveite

Aqui você me vê queimando margaridas aos teus pés
Com a língua ardendo
E minha alma à sombra de um cipreste
E você com a sua boca em qualquer bar de coquetéis
Presenteando beijos, bebendo a taça
Não vê minha derrota
Olha, não vê minha derrota

Seu carinho sai já sem força
Como o champanhe na garrafa
Que leva uma vida aberta
E patético o tenta
Não jogue, não minta

Nunca vi um olhar tão vazio
Tão sem vontade
Tão longe quando você se aproxima
E ainda você ri quando vê minha tristeza

E a vida te dará o que você me dá
No barro talvez você me recordará
E se verá mergulhando em suas lamas podres
E ali você se afogará

Aqui você me vê queimando margaridas aos teus pés
Com a língua ardendo
E minha alma à sombra de um cipreste
E você com a sua boca em qualquer bar de coquetéis
Presenteando beijos, perdendo a roupa
Não vê minha derrota

Dói a pena, dói a pena
Me mata o veneno dessa viúva negra
Dói a pena, dói a pena
E está me matando essa mulher

Aqui você me vê queimando margaridas aos teus pés
Com a língua ardendo
E minha alma à sombra de um cipreste
E você com a sua boca em qualquer bar de coquetéis
Presenteando beijos, perdendo a roupa
Não vê minha derrota
Idiota, não vê minha derrota
Idiota

Composição: Huecco