Um botão que não se abriu
Já bastou pra me enterrar
Mas a rosa que surgiu
Está presa em meu olhar

No silêncio que sobrou
Na poeira desse lar
No vermelho que restou
E na imensidão do mar

Um botão que não se abriu
Já secou um outro mar
Todo um mundo destruiu
Fez a luz se apagar

E eu espero em meu porão
Até a rosa me iludir
E um estranho dar-me a mão
E o espinho se partir

Mesmo que essa rosa espere
Sem possível salvador
O espinho sempre fere
Mas eu não sinto mais dor

Composição: Guilherme Eddino