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Potro Sem Dono

Grupo Caverá

Potro Sem Dono

A sede de liberdade rebenta a soga do potro
Que parte em busca do pago e num galope dispara
Rasgando a coxilha ao meio
Mordendo o vento na cara

Bebe o horizonte nos olhos, empurra a terra pra trás
Já vai bem longe a figura, mostra o caminho tenaz
Da humanidade sofrida
Que luta em busca da paz

Vai potro sem dono, vai livre como eu

Se a morte lhe faz negaça
Joga na vida com a sorte
Desprezo da própria morte
Não se prende a preconceito
Nem mata a sede com farsas
Leva o destino no peito

Na seiva das madrugadas
Vai florescendo a canção
Aquece o fogo de chão
Enxuga o pranto de ausência
Nesta guitarra campeira
Velho clarim da querência.

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