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O que é musicoterapia? Conheça tipos, como funciona e benefícios

Curiosidades · Por Renata Arruda

25 de Agosto de 2022, às 12:00

Se tem uma coisa que a gente já sabe é que a música traz muitos benefícios para a nossa rotina: ela aumenta a concentração, auxilia no desenvolvimento motor, melhora a qualidade do sono, facilita a interação social e nos dá mais disposição para encarar o dia!

O que muitos desconhecem é que a música também pode ser uma grande aliada no tratamento de doenças. É isso mesmo: o potencial terapêutico de sons e canções é tão alto que hoje a musicoterapia é uma atividade clínica regulamentada na área da saúde.

O que é musicoterapia
Créditos: Divulgação

Pensando nisso, preparamos este post para você entender melhor o que é musicoterapia, quais são os seus benefícios e como ela pode auxiliar no tratamento, reabilitação e prevenção da saúde. Vem com a gente!

O que é musicoterapia?

A musicoterapia é uma prática terapêutica, baseada em evidências científicas, que utiliza a música no tratamento e reabilitação de indivíduos. O trabalho é feito a partir dos efeitos causados no corpo pelas ondas sonoras e pelas associações mentais provocadas pelas canções.

Embora os benefícios medicinais da música sejam conhecidos desde antes de Cristo, somente no século XX é que a musicoterapia se profissionalizou.

Isso porque, durante a Segunda Guerra Mundial, foram realizadas pesquisas com ex-combatentes que comprovaram os benefícios do tratamento musical na diminuição da dor, do estresse e da ansiedade.

Quais são os tipos de musicoterapia?

Atualmente, dois métodos são empregados na musicoterapia: o receptivo, quando o musicoterapeuta toca a música para o paciente, e o ativo, quando a pessoa realiza atividades junto ao terapeuta, como cantar, dançar e tocar instrumentos.

Durante as sessões, questões como o contexto social, o gosto pessoal e a bagagem musical são levadas em conta, a fim de facilitar a comunicação e o aprendizado do paciente e potencializar os resultados.

Benefícios da musicoterapia

A musicoterapia tem vantagens que vão desde o desenvolvimento cognitivo até o alívio de dores crônicas e redução do risco de complicações cardíacas.

Listamos abaixo alguns dos principais benefícios dessa prática terapêutica. Confira:

  • Estímulo do bom humor;
  • Redução do estresse;
  • Alívio de crises de ansiedade;
  • Melhora da expressão corporal;
  • Controle da pressão arterial;
  • Aumento da capacidade respiratória;
  • Alívio de dores de cabeça;
  • Estímulo da coordenação motora;
  • Auxílio na tolerância de dores crônicas;
  • Auxílio na tolerância ao tratamento contra o câncer;
  • Apoio ao tratamento de doenças neuropsiquiátricas;
  • Melhora nos distúrbios comportamentais;
  • Redução do risco de complicações cardíacas;
  • Melhora na qualidade de vida.

Ademais, há um modelo de musicoterapia chamado Musicoterapia Comunitária, que tem o objetivo de facilitar o engajamento e organização de determinados indivíduos de um grupo para que possam enfrentar a vida em sociedade.

Como funciona a musicoterapia?

Quando estamos cantando, tocando um instrumento ou simplesmente ouvindo uma música, a região do cérebro responsável pelas emoções e comportamentos sociais são ativadas.

Isso aumenta a produção de endorfina, substância produzida pelo corpo que gera sensação de prazer, o que auxilia no tratamento da depressão, do estresse e da ansiedade.

Além disso, a música também ativa o hipocampo, estrutura do cérebro responsável pela memória, o que a torna grande aliada no tratamento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Mas como funciona a musicoterapia na prática?

Embora cada sessão tenha suas próprias particularidades, a base é praticamente a mesma: o terapeuta procura estabelecer uma comunicação com o paciente através da utilização de sons, instrumentos musicais, voz e corpo.

Uma ferramenta muito utilizada na musicoterapia é a mesa lira (monochord table), uma grande caixa com 42 cordas de aço, geralmente afinada em ré, na qual o paciente se deita. Essa caixa é capaz de aliviar tensões e causar a sensação de relaxamento profundo, sendo utilizada no tratamento de enfermidades.

Mesa lira
Créditos: Divulgação

Já nas sessões com crianças autistas, é comum que o musicoterapeuta toque instrumentos em conjunto com os pequenos, estimulando com que se expressem através da música.

Seja em uma consulta individual ou em grupo, a musicoterapia auxilia as pessoas a desenvolverem suas habilidades comunicativas e restabelecerem funções físicas, mentais e sociais.

Para quem a musicoterapia é indicada?

Basicamente, qualquer pessoa pode ser beneficiada pela musicoterapia. Desde quem procura apenas aliviar a tensão do dia a dia a pessoas com enfermidades mais graves, a prática é uma importante aliada na recuperação e manutenção da saúde.

Em gestantes, por exemplo, ela é indicada para o fortalecimento do vínculo entre a mãe e o bebê. Também pode ser utilizada no tratamento de doenças como a depressão pós-parto e no restabelecimento de traumas.

O que é musicoterapia
Créditos: Divulgação

Em pessoas idosas, a musicoterapia é empregada como medida preventiva para manter as funções cognitivas e motoras, como a fala, a memória e o bom funcionamento do corpo, além de trabalhar o lado emocional e social.

Além disso, a terapia musical também é utilizada no tratamento de pacientes com doenças cardíacas, como a Doença Arterial Coronária, depressão, demência, amnésia, afasia, autismo e pessoas que sofreram um AVC.

E como se não bastasse, a musicoterapia ainda é recomendada na reabilitação de dependentes químicos, reintegração de menores infratores e no auxílio de estudantes com dificuldades de aprendizado.

A musicoterapia no Brasil

A musicoterapia é reconhecida pelo Código Brasileiro das Ocupações desde 1972, quando surgiu o primeiro curso de graduação na área no Brasil. Há, inclusive, uma data nacional para comemorar o Dia do Musicoterapeuta: o dia 15 de setembro.

Musicoterapia
Créditos: Divulgação

Por se tratar de uma prática clínica que associa saúde e arte, a graduação ou especialização em musicoterapia costuma ser oferecida em escolas de arte, uma vez que o profissional precisa ter domínio de instrumentos musicais para exercer a profissão.

Assim, o musicoterapeuta é habilitado a atuar tanto na área da saúde como na educação ou no âmbito social. Ele pode trabalhar em locais como hospitais psiquiátricos, clínicas de saúde, centros de reabilitação, escolas, centro de idosos, penitenciárias e outros.

E uma boa notícia: desde janeiro de 2017, o Ministério da Saúde passou a oferecer musicoterapia gratuitamente por meio do SUS como prática integrativa.

Músicas para aliviar o estresse

Agora que você entendeu o que é musicoterapia, que tal conhecer as melhores músicas para relaxar? É só dar o play e aproveitar o incrível o poder da música de manter o seu bem-estar. 😊

Músicas para relaxar

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