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Fazer loginVocê já parou para pensar na história das marchinhas de Carnaval? Hoje em dia todos conhecem as músicas devido a sua popularização, mas elas foram escritas há vários anos e são uma parte importante da nossa cultura.
Durante o Carnaval, uma das principais festas no Brasil, as marchinhas são usadas e reinventadas pelos bloquinhos para aproveitar a folia em todas as ruas do país.
O mais interessante é que como as marchinhas são bem antigas e fazem parte da cultura popular brasileira, elas também contam muito da história do nosso país.
Que tal aprender um pouco sobre o nosso passado através da música? Preparamos várias curiosidades que vão te deixar ainda mais animado quando tocar uma marchinha de Carnaval a partir de agora.
Com a chegada dos portugueses ao Brasil, muitas de suas tradições foram importadas e fazem parte da nossa vida até hoje. Da alimentação ao modo de vida, somos fortemente influenciados pelo período da colonização.
Foi graças a isso que as marchinhas de Carnaval surgiram em nosso país: elas já existiam em Portugal, em seu próprio estilo, e estavam no auge durante a década de 1920.
O estilo musical foi a base para o que hoje conhecemos como as marchinhas de Carnaval.
Mas nem sempre foi assim. No começo, as produções eram mais calmas e simples, algo que não combinava muito com a folia do Carnaval que agita multidões. Foi graças ao jazz estadunidense, que entrega toda uma performance, que as marchinhas ficaram mais animadas.
Com isso, o gênero começou a ganhar sua forma própria no Brasil, distanciando-se do que começou com Portugal.
As marchinhas ficaram extremamente populares entre as décadas de 1930 e 1960. Foi quando as primeiras composições baseadas no jazz estadunidenses foram lançadas e conquistaram a população.
Foi o período em que algumas das composições mais famosas, como Mamãe Eu Quero e Me Dá um Dinheiro Aí foram lançadas. Músicas com um século que ainda fazem sucesso atualmente!
No entanto, com o passar do tempo, as marchinhas de carnaval foram perdendo a força. As composições não eram mais tão valorizadas e, assim, outro gênero começou a se fortalecer: o samba-enredo.
Com uma composição bem mais elaborada, o gênero foi abraçado pelas escolas de samba por contar uma história profunda e que encantava as pessoas.
Graças a isso, a história do Carnaval começou a mudar fortemente, valorizando o samba-enredo e deixando as marchinhas de Carnaval sem muita força, o que é visto como o declínio do gênero no Brasil.
No entanto, as músicas continuam sendo populares durante a folia. Afinal, diferente dos samba-enredos, elas são fáceis de memorizar e ótimas para dançar, o que anima os foliões durante a festa.
Além disso, o samba-enredo é marcado por uma história muito específica envolvendo a escola para a qual foi escrita, o que pode impedir que haja uma conexão com moradores de outros estados do país, por exemplo.
A marchinha, enquanto isso, trata de temas simples e universais, capazes de ser cantados e entendidos por qualquer pessoa. Por isso, seja através da televisão ou de eventos com a família, todos crescem conhecendo as mais populares.
Quando paramos para analisar as letras das marchinhas de Carnaval, percebemos que elas contam uma história simples, muitas vezes exagerada ou sem sentido — por isso são tão divertidas.
São situações simples do dia a dia, mas que precisam ser vistas com um olhar atencioso de um bom compositor para que ganhem forma e sobrevivam, um século depois, como parte da cultura brasileira.
A seguir, conheça um pouco dos principais compositores das marchinhas de Carnaval no Brasil!
Nomeada como a compositora da primeira marchinha de Carnaval com Ó Abre Alas, Chiquinha Gonzaga é considerada uma gênia à frente do seu tempo.
A música é de 1899, antes mesmo do gênero se popularizar no Brasil, e ela já estava trilhando o caminho para o que seria um dos momentos mais brilhantes da música popular.
A marchinha foi escrita para o Cordão Rosas de Ouro e permanece viva até hoje na boca do povo e nas ruas pelo país inteiro.
Ao visitar um restaurante, João Roberto percebeu que um garçom tinha cabelo grande, o que era incomum para a época, e outras pessoas também pensavam assim.
Foi a partir disso que nasceu a Cabeleira do Zezé, mais uma marchinha atemporal que fica na boca do povo, apesar de hoje em dia ser reconhecido que a letra pode despertar certos problemas.
A voz inconfundível de Carmen Miranda em Mamãe Eu Quero, junto à composição divertida de Vicente Paiva e Jararaca, fez com que a composição se tornasse um clássico quase de imediato.
A marchinha ganhou uma versão em inglês e integrou a trilha sonora do filme Serenata Tropical, de 1940, tornando-se um sucesso a nível mundial.
Me Dá Um Dinheiro Aí é uma música de família! Foi composta por um trio de irmãos e posteriormente foi gravada na voz de Moacir Franco.
Muitas pessoas costumam associar a marchinha de Carnaval ao Sílvio Santos, já que o apresentador usava a letra em seu programa, famoso por dar dinheiro aos participantes que estavam na plateia.
Outra marchinha de Carnaval que também é associada ao Sílvio Santos é A Pipa do Vovô, usada pelo dono do SBT por vários anos ao longo dos seus programas.
A música é divertida e tem o segundo sentido clássico do gênero, algo que a popularizou ainda mais. Atravessa gerações e é cantada nos bloquinhos até hoje, uma composição da incrível dupla formada por Manoel Ferreira e Ruth Amaral.
As músicas são ótimas para nos divertir, mas elas também refletem fortemente a sociedade em que vivemos. Conhecer a história do samba é uma oportunidade para entender muito sobre o Brasil e a nossa cultura.
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