Faça login para habilitar sua assinatura e dê adeus aos anúncios

Fazer login

Conheça a história das capas de 8 álbuns clássicos dos Beatles

Álbuns · Por Mateus Pereira Silveira

13 de Maio de 2020, às 12:00

Vamos falar a verdade: quem nunca quis comprar um álbum só pela capa? Seja por uma foto maravilhosa, um design estiloso ou uma arte bem conceitual, não faltam exemplos de CD’s que nos encantam pela aparência. 

O aspecto visual é bem importante para apresentar a mensagem de um disco e mostrar a transformação para uma nova era. Por esse motivo, muitos deles se tornam clássicos e até viram item de colecionador. 

Uma banda que soube muito bem utilizar as capas para alavancar as vendas foram os Beatles. Inovando a cada LP lançado, os britânicos ditaram tendências para outros artistas e criavam expectativas no público pelo próximo encarte. 

Só de falar, sabemos que você já visualizou algumas delas na sua cabeça, né? Como cada disco traz detalhes diferentes e curiosos, selecionamos 8 álbuns dos Beatles para falar das histórias de suas clássicas capas. 

A história por trás das capas de álbuns dos Beatles 

Separamos várias informações bacanas sobre a produção das capas do grupo! Se deixamos alguma de fora, conta para a gente nos comentários! 

Abbey Road (1969) 

Começamos com o pé na porta falando de Abbey Road, a capa mais emblemática e homenageada da banda.

Sem conter o nome dos Beatles ou do disco, o último álbum gravado pelos Beatles é ilustrado pela foto dos 4 integrantes atravessando a rua em frente ao estúdio.

Capa do álbum Abbey Road
Capa do álbum Abbey Road / Créditos: Divulgação

Feita pelo fotógrafo Ian Macmillan, a imagem foi registrada na manhã de 8 de agosto de 1969. Os músicos posaram na faixa de pedestres da Abbey Road, que foi fechada por 10 minutos por policiais para a sessão de fotos. 

A maior suposição é sobre a figura de Paul McCartney. Ele é o único que dá o passo com o pé esquerdo à frente e está descalço, o que é interpretado como um símbolo de ritual funerário. 

Carregar o cigarro na mão direita (ele é canhoto) e a placa do fusca estacionado levantam ainda mais a ideia de o cantor ter falecido e ter sido substituído.

O próprio Paul satirizou a proposta na capa de Paul Is Live, no qual visita a faixa novamente, dessa vez com sapatos e acompanhado de seu cachorro. 

Capa do álbum Paul Is Live
Capa do álbum Paul Is Live / Créditos: Divulgação

Desde o lançamento do álbum, o endereço virou ponto turístico de Londres e foi refeita por outros artistas, como Kanye West, Red Hot Chili Peppers e até mesmo Maurício de Souza, que colocou a turminha do Limoeiro para homenagear os Beatles. 😍

Turma da Mônica na Abbey Road
Turma da Mônica na Abbey Road / Créditos: Divulgação

A Hard Day’s Night (1964) 

Em 1964, os britânicos estavam no topo das paradas do mundo todo. Como a beatlemania atingia os Estados Unidos, os produtores resolveram que era hora de um filme do grupo.

Chamado de A Hard Day’s Night, o longa ganhou uma trilha sonora, que também possui uma capa bem lembrada. 

Capa do álbum A Hard Day's Night
Capa do álbum A Hard Day’s Night / Créditos: Divulgação

Nela, o quarteto fez caras e bocas, imitando expressões de atores. Enquanto no Reino Unido o disco ficou com um fundo azul na capa, nos Estados Unidos a cor escolhida foi a vermelha e com apenas uma imagem cortada de cada um dos cantores. 

No Brasil, as fotos foram as mesmas da versão inglesa, mas com a cor vermelha. Na capa nacional, também havia o título de Os Reis do Ié Ié Ié, nome do filme no país, uma livre tradução do Yeah, Yeah, Yeah, cantado na faixa She Loves You

Capa brasileira de A Hard Day’s Night
Capa brasileira de A Hard Day’s Night / Créditos: Divulgação

Revolver (1966) 

Você sabia que o Grammy já premiou a melhor capa de disco? Sim, antigamente essa categoria reconhecia as melhores artes e composições de capa e a vencedora de 1966 foi a de Revolver

Capa do álbum Revolver
Capa do álbum Revolver / Créditos: Divulgação

Feita por Klaus Voorman, designer e amigo dos Beatles, essa capa mostra John, Paul, George e Ringo desenhados por Klaus, com fotografias do grupo saindo dos ouvidos e cabeças, dando uma cara artística e psicodélica ao encarte. 

A primeira versão da capa envolvia colagens com outras imagens deles, mas não agradou nenhum integrante. Já a visão conceitual de Voorman conquistou os Beatles, que adoraram a representação ilustrada.

Uma curiosidade bacana sobre a história do nome do LP: diferente do que possa se imaginar, o título não se refere a uma arma, mas ao movimento de rotação do disco dentro da vitrola!

With The Beatles (1963) 

Segundo George Harrison, a capa de Please, Please Me “era um lixo”. Para ele, na época os Beatles estavam mais empolgados em divulgar o primeiro trabalho que com as aparências.

Para a sequência, as coisas eram outras e o apelo estético tinha que ser mais maduro, e o objetivo foi alcançado com a capa de With The Beatles

Capa do álbum With The Beatles
Capa do álbum With The Beatles / Créditos: Divulgação

À meia luz e em preto e branco, ela foi inspirada nas fotografias feitas por Astrid Kirchherr quando os Beatles tocavam nos clubes de Hamburgo. Os produtores queriam que eles fossem fotografados sorrindo, mas o grupo bateu resistiu e optou por uma faceta mais sóbria.

E o resultado deu super certo! A seriedade transmitiu o profissionalismo e demonstrou a nova fase da banda. Simples, a capa é marcante e influenciou cantores do gênero indie e até artistas nacionais, como Roberto Carlos e Zé Ramalho. 

Help! (1965) 

Em Help!, o fotógrafo Robert Freeman pensou em escrever o título do LP com os sinais usados em aeroportos e pela marinha. Para isso, ele posicionou os beatles em uma sequência reproduzindo as letras da palavra HELP. 

Ao ver o resultado, ele percebeu que a disposição dos braços e pernas não combinavam, daí tentou uma formação mais harmônica. A capa final ficou com o grupo representando a sigla N-U-J-V, sem um sentido lógico

Capa do álbum Help!
Capa do álbum Help! / Créditos: Divulgação

Nos Estados Unidos, a capa passou por modificações. O grupo foi reposicionado e os braços de Paul apontam para o símbolo da Capitol Records, gravadora dos Beatles na América do Norte.

Outras mudanças são as cores e informações contidas na capa, que dão mais espaço para o filme. 

Capa do álbum Help nos Estados Unidos
Capa do álbum Help! nos Estados Unidos / Créditos: Divulgação

Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967) 

Você lembra que lá no início do post falamos que a capa de Abbey Road é a mais icônica dos Beatles, né? Ela divide todas atenções com a do álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, que é perfeita em todos os sentidos!😍

Capa do álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band
Capa do álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band / Créditos: Divulgação

A história por trás da capa desse álbum tem ricas informações, que tornam a composição ainda mais especial. Para selecionar as personalidades e celebridades que aparecem na foto, os Beatles listaram pessoas que admiravam ou achavam marcantes.

A proposta original era que eles tirassem a foto em uma sala com os retratos dos famosos. Com a chegada do designer Peter Blake ao projeto, eles decidiram imprimir as imagens em tamanho real, colando-as em moldes de papelão, para parecerem mais “realistas” no registro final. 

Bastidores da produção da capa do álbum Capa do álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band
Bastidores da produção da capa do álbum capa / Créditos: Divulgação

Foi preciso correr atrás dos direitos autorais dos famosos que lá figuravam, como Fred Astaire, Edgar Allan Poe e Marilyn Monroe. Únicos personagens em carne e osso, os garotos de Liverpool foram trajados com uma vestimenta de banda militar, porém com muita cor e irreverência. 

É possível ver as estátuas de cera do célebre Museu Madame Tussauds e um canteiro de flores formando o nome do grupo, o que remete a cenários vistos no Norte da Inglaterra. Replicado por diferentes artistas, programas e veículos, essa capa virou um símbolo da cultura pop. 

The Beatles (The White Album) (1968) 

Após a explosão da psicodelia em Sgt. Peppers, todos esperavam que os Beatles continuassem no mesmo ritmo, explorando a versatilidade visual. Contudo, o que veio a seguir foi um total contraste, que por sua simplicidade, é conhecido até hoje como o Álbum Branco

Capa do álbum The Beatles (The White Album)
Capa do álbum The Beatles (The White Album) / Créditos: Divulgação

Sem razão clara, ele ganhou as prateleiras com apenas uma capa branca e o nome The Beatles em relevo. Único LP que não possui os rostos de seus integrantes na capa, o White Album marcou uma fase conturbada da banda, com ânimos a flor da pele e divergências de opiniões. 

Ao mesmo tempo, é o compilado de músicas mais aclamado pela crítica. Partindo para um lado mais experimental, eles ousaram nas letras e melodias e juntos criaram canções únicas, como Revolution 9, Back In The U.R.S.S e Helter Skelter.

Rubber Soul (1965) 

Quando você olha a capa de Rubber Soul, nota que ela está um pouco distorcida. Parece estranho, não é mesmo? Esse efeito torto nada mais é que a conclusão de um acidente que deu certo.

Capa do álbum Rubber Soul
Capa do álbum Rubber Soul / Créditos: Divulgação

Isso aconteceu quando Robert Freeman projetava a fotografia em cima de uma cartolina, que escorregou e produziu a distorção na imagem. Os Beatles não somente amaram essa alteração como se inspiraram para propor o nome do disco, que pode ser traduzido como alma de borracha

A era do Rubber Soul também marcou o desligamento do grupo com a preocupação da histeria dos fãs, dando espaço para produções mais arrojadas e maduras.

Um último detalhe: John Lennon o apelidou como o álbum da maconha, devido a aparência deles na foto: chapados e com os olhos vermelhos. 

Histórias de capas de álbuns de rock

Gostou de conhecer as histórias das capas de álbuns dos Beatles? Dá uma sensação de proximidade com o grupo, né? 

Agora, que tal continuar essa viagem com outras bandas? Descubra a história das capas de 8 álbuns de rock internacional!

História das capas de álbuns de rock