Conheça os 4 estilos de aprendizagem e descubra o melhor pra você

É provável que você já tenha sofrido pra entender algum assunto estudando através de apostilas só pra assistir uma vídeo aula mais tarde e perceber que a matéria nem era tão complicada assim.

Ou, talvez, você tenha passado pelo contrário: na aula, o professor parecia estar falando grego, mas assim que você leu um texto sobre o tópico, “pegou o jeito da coisa”. Mas por que será que isso acontece?

Essa resistência em estudar de certa maneira pode estar relacionada aos diferentes estilos de aprendizagem. Refletir sobre os processos de educação e entender qual é a forma mais cômoda e proveitosa de aprender pra você é essencial para a construção do conhecimento num novo idioma.

Seja priorizando um determinado formato de exercício, mudando a rotina de estudos ou optando por aulas particulares, é importante personalizar sua experiência de acordo com seu estilo de aprendizagem. Vamos entender melhor quais são eles?

O que são estilos de aprendizagem?

Estilos de aprendizagem são as diferentes formas de estudar ou processar novas informações. Dependendo da sua preferência de aprendizagem, você pode ter mais ou menos facilidade em compreender um determinado conceito ou seguir certas instruções com base no formato do conteúdo ou atividade.

Ter um estilo de aprendizagem não significa que você não deve ou não consegue estudar de outras maneiras!

Por isso, fala-se em preferência de aprendizagem. Preferir aprender com um estímulo não invalida a aprendizagem por meio de quaisquer outros. Essa classificação deve ser usada como uma ferramenta de autoconhecimento para otimizar seu processo de aprendizagem, não como um novo obstáculo, ok?

Quais são os 4 estilos de aprendizagem?

Existem diferentes teorias sobre o assunto, mas o modelo VARK se tornou uma das mais populares. De acordo com Fleming e Mills, podemos classificar os estudantes da seguinte forma: visual, auditivo, leitor/escritor, ou cinestésico.

Visual

O aluno com o estilo de aprendizagem visual se dá melhor com materiais como gráficos e infográficos, planilhas, diagramas e mapas mentais. Ele retém e comunica melhor as informações estruturadas em esquemas e ilustrações.

A preferência visual não implica necessariamente em aprender melhor através de imagens como desenhos, fotografias ou vídeos: o importante é que o conteúdo, mesmo que escrito, tenha lógica na sua representação gráfica. Por exemplo:

Subject	Predicate
Billie Eilish	is a famous singer.

Um aluno visual teria mais facilidade de aprender observando essa tabela do que lendo essa informação por extenso em “Na frase em inglês ‘Billie Eilish is a famous singer’, o sujeito é Billie Eilish e o predicado é ‘is a famous singer’”.

Na hora de estudar, a pessoa com perfil visual pode utilizar estratégias como:

• Usar diferentes cores no destaque ou redação de textos;
• Usar símbolos para classificar ou substituir diferentes conceitos ou termos;
• Adaptar ou resumir a informação estudada em desenhos;
• Criar/consumir infográficos, fluxogramas, pôsteres e slides.

Auditivo

Já alunos com perfil auditivo preferem aprender oralmente, seja ouvindo ou falando. A preferência auditiva geralmente significa que a pessoa organiza suas ideias através da fala, ou seja, ela fala para pensar em vez de pensar para falar.

O aluno auditivo pode fazer perguntas que parecem óbvias ou repetitivas, mas que são uma maneira de assimilar e estruturar a ideia recebida através da audição. Variações de entonação e ritmo da fala também costumam ser de grande ajuda para esse tipo de aluno.

Por exemplo, aulas que envolvem debates são muito proveitosas para quem tem um estilo auditivo de aprendizagem. Até mesmo discussões que não chegam a uma conclusão definitiva podem ajudar esse aluno a processar mais informação que um texto ou gráfico sobre o mesmo assunto.

Na hora de estudar, a pessoa com perfil auditivo pode utilizar estratégias como:

• Ouvir podcasts;
• Discutir o tema com colegas ou professores;
• Ler ou parafrasear o conteúdo em voz alta;
• Explicar o assunto para outras pessoas e pedir explicações verbais;
• Gravar resumos orais sobre o que entendeu;
• Fazer anotações escritas, mesmo que elas pareçam aleatórias e sigam o ritmo da fala do professor. Mais tarde, “reconstruir” o conteúdo através das suas anotações e o explicar em voz alta para outra pessoa ou para si mesmo.

Leitura e Escrita

Se a sua preferência de aprendizagem é a de leitura e escrita, isso significa que o melhor jeito de passar e receber informações é através das palavras. Para um leitor/escritor, a estrutura do texto é essencial.

Esse aluno prefere corrigir erros e estruturar a informação em tópicos, categorias, ou seções com títulos precisos e claros. Ele escolhe as palavras com muito cuidado, tentando ser assertivo ao passar informação, e também é detalhista na hora de ler.

Quem tem essa preferência provavelmente teria mais sucesso em compreender um conceito abstrato através da sua definição no dicionário do que por uma explicação verbal ou representação gráfica, por exemplo.

Na hora de estudar, a pessoa com perfil leitor/escritor pode utilizar estratégias como:

• Fazer listas;
• Fazer anotações detalhadas durante as aulas ou durante a leitura;
• Criar resumos, ou até mesmo expandi-los;
• Parafrasear textos originais, ou seja, reescrever com suas palavras;
• Recorrer a dicionários, glossários e livros didáticos;
• Converter materiais como infográficos e tabelas em textos corridos;
• Fazer simulados e listas de exercícios com questões dissertativas.

Cinestésico

Por último, mas não menos importante, o aluno cinestésico é profundamente conectado à realidade. Isso significa que ele aprende melhor através de experiências concretas e do uso de todos os sentidos.

O aprendizado cinestésico não ocorre apenas quando o aluno pode tocar ou sentir algo físico, já que nem toda disciplina vai ter um objeto de estudo tão palpável. O imprescindível é que o aluno tenha noção da aplicabilidade do conteúdo trabalhado, ou seja, que ele entenda como aquela ideia abstrata é traduzida para “o mundo real”.

Uma aula cinestésica ideal envolve elementos como simulações, demonstrações, imagens ou vídeos de situações reais ou o mais realista possível, compartilhamento de experiências passadas, e instruções claras e detalhadas.

Na hora de estudar, a pessoa com perfil cinestésico pode utilizar estratégias como:

• Buscar contato com objetos ou espaços físicos relacionados ao conteúdo;
• Ao criar resumos ou consumir conteúdo novo, listar o máximo de exemplos possível;
• Trabalhar com estudos de caso, exemplos da vida real;
• Jogar RPGs (Role Playing Games);
• Fazer exercícios de simulados ou provas antigas;
• Seguir tutoriais ou receitas, “botar a mão na massa”;
• Ensaiar uma aula, palestra ou exame sobre o assunto estudado.

Quiz: Qual o seu estilo de aprendizagem?

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