Clipes mais polêmicos: conheça 9 videoclipes que deram o que falar

Desde que o audiovisual passou a fazer parte do trabalho dos músicos como estratégia de divulgação, muitos clipes polêmicos foram produzidos ao longo da história. Além de ajudar a tornar uma obra ainda mais impactante, o videoclipe é uma forma de expressão dos artistas, que não medem esforços na hora de criar grandes produções.

Embora a MTV americana tenha entrado no ar em 1981, os Beatles, lá na década de 60, já produziam suas obras audiovisuais. 

Explosão de cores, sensualidade, histórias de amor, críticas políticas, guerras… tudo é possível na hora de criar um videoclipe e também músicas polêmicas. A seguir, você confere alguns dos clipes mais polêmicos dos últimos tempos.    

Os 9 clipes mais polêmicos

Vem conferir essas produções audiovisuais que chocaram o público.

Jeremy – Pearl Jam

Quem assiste ao videoclipe de Jeremy se depara com um aviso de conteúdo sensível por conta de cenas de automutilação e suicídio. A letra da canção, escrita por Eddie Vedder, foi baseada na história real do jovem Jeremy Wade Delle.

Ele se matou na frente dos colegas de classe, no Texas, por sofrer bullying e não receber a atenção devida dos pais. O vocalista do Pearl Jam se deparou com a notícia nos jornais e se inspirou na trágica história. 

A estreia do clipe aconteceu no dia primeiro de agosto de 1992, algumas cenas chegaram a ser cortadas para passar na MTV, mas hoje é possível assistir ao vídeo na íntegra. Jeremy venceu quatro MTV Video Music Awards, incluindo como Melhor Vídeo do Ano.   

Kong – Alexandre Pires

Com participações de Neymar e Mister Catra, falecido em setembro de 2018, o clipe Kong de Alexandre Pires é outro que causou polêmica.

O caso foi parar no Ministério Público Federal após denúncia da Secretaria de Igualdade Racial com o intuito de investigar se Alexandre Pires cometeu racismo ao utilizar, no videoclipe, personagens vestidos de macaco. 

Na época do lançamento, em 2012, o cantor se mostrou chocado com a repercussão e acusação de racismo, uma vez que ele próprio é negro e com orgulho de sua cor, comentou durante entrevistas. 

Like a Prayer – Madonna

Madonna sempre causou polêmica simplesmente pelo fato de ser uma mulher livre e colocar em suas obras a sua autenticidade. 

Em Like a Prayer, videoclipe de 1989, os mais conservadores se sentiram ofendidos ao ver a eterna rainha do pop contracenar com um santo negro, beijar o sacerdote dentro da igreja, além de mostrar cruzes pegando fogo.

Mexer com símbolos religiosos a gente sabe que a treta é certa e, após pressão do Vaticano, a cantora teve um contrato milionário cancelado com a Pepsi. 30 anos após o lançamento de Like a Prayer, a rainha usou as redes sociais para comentar a polêmica que o clipe causou no passado: parabéns para mim e para a controvérsia. 

Elastic Heart – Sia

Quando o assunto é videoclipe, Sia capricha e tem em sua carreira vários clipes icônicos. Elastic Heart é um de seus clipes mais polêmicos e chegou até ser interpretado como uma incitação à pedofilia por conta da diferença de idade dos bailarinos.

Maddie Ziegler, que já estrelou diversos clipes da cantora, tinha na época apenas 12 anos e o ator Shia LaBeouf, 28. Dentro de uma jaula, eles apresentam uma coreografia intensa, como se representassem dois animais. 

Sobre os burburinhos, Sia chegou a explicar que os atores eram os únicos que poderiam interpretar as suas personalidades conflitantes. Porém, existem outras teorias sobre o significado de Elastic Heart. 

Alejandro – Lady Gaga

Depois de Madonna ser a precursora em clipes polêmicos e abrir as portas para outras cantoras do pop, Lady Gaga aprendeu com a melhor e não fez feio.

Depois dos anos 2000, ela é praticamente a líder em obras que causam controvérsias e com Alejandro não foi diferente. Dirigido pelo fotógrafo Steven Klein, que também trabalhou com Madonna, o clipe de Alejandro foi lançado em 2010 e a música faz parte do álbum The Fame Monster.

Com elementos do ocultismo e paganismo, temos Lady Gaga vestida com um hábito de freira, depois a mesma usa um traje com cruzes vermelhas invertidas em meio a dançarinos que simulam o ato sexual.

De acordo com a cantora, o clipe de Alejandro é uma celebração ao amor homosexual e o diretor explicou que se trata de uma luta interna da cantora entre o bem e o mal.

S&M – Rihanna

Como não teria Rihanna em uma lista de clipes polêmicos, né? Desde que a cantora fez a sua estreia na música, no início dos anos 2000, ela mostra a sua sagacidade e causa furor por onde passa.

A diva pop lançou o clipe de S&M em novembro de 2011 e não demorou para o vídeo ser censurado em 11 países. Dirigido por Melina Matsoukas, o clipe traz cenas da cantora simulando sexo, beijando uma  mulher amordaçada, tudo bem ao estilo sadomasoquista.

Fora que, para causar ainda mais polêmica, tem uma cena em que Rihanna leva um homem para passear preso em uma coleira, como se ele fosse um cachorro. Apesar de todo o bafafá, a cantora quis retratar no clipe a relação da mídia com os famosos. 

Conheça o significado de S&M, música polêmica de Rihanna 

Jesus Christ Pose – Soundgarden

Chris Cornell compôs Jesus Christ Pose inspirado em uma foto de Perry Farrell, líder do Jane’s Addiction. A ideia da música e do clipe foi fazer uma crítica àqueles que usam a religião para obter vantagens, se colocando em uma postura de superiores em relação aos demais. 

Por conta do clipe, os integrantes do Soundgarden foram ameaçados de morte por grupos religiosos. Muitos interpretaram a obra como um desacato aos costumes cristãos. 

Como o clipe mostra diversas cruzes em posições inversas, inclusive uma caveira crucificada, a MTV chegou a banir o vídeo, em 1991.  

Not Myself Tonight – Christina Aguilera

Com referências ao sadomasoquismo e esbanjando sensualidade, Christina Aguilera deu o que falar com o clipe de Not Myself Tonight. Em Dirrty, lançado em 2002, a cantora já havia mostrado o seu lado despudorado.   

Dirigido por Hype Williams, Not Myself Tonight faz uma homenagem a Express Yourself, da de Madonna, e mostra Aguilera em cenas ousadas e provocantes. A canção faz parte do álbum Bionic, lançado em 2010.  

Born Free – M.I.A.

Dirigido por Romain Gavras, o clipe de Born Free, da M.I.A. é mais um bastante polêmico. É praticamente um curta metragem com 9 minutos de duração, repleto de cenas violentas, sexo, jovens perseguidos em um campo de concentração e execução de uma criança por policiais. 

Lançado em abril de 2010, o clipe chegou a ser banido do YouTube, mas atualmente pode ser visto por maiores de 18 anos. Sem dúvida, Born Free é um dos videoclipes mais perturbadores da lista, principalmente pelas cenas finais.  

Canções de protesto: relembre 10 músicas inesquecíveis

Entre os clipes mais polêmicos, qual você gostou mais? Ainda em temas controversos, separamos uma lista para você relembrar 10 canções de protesto!

Tem Cálice, do Chico Buarque, This Is America, de Childish Gambino, Sunday Bloody Sunday, do U2 e muito mais! 

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