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Confira 18 artistas LGBTQIA+ brasileiros para ouvir com orgulho

Conheça alguns artistas brasileiros que representam com orgulho a comunidade LGBTQIA+ e contribuem para a representatividade no cenário da música nacional.

Indicações · Por Renata Arruda

28 de Junho de 2023, às 13:00

Durante os anos de ditadura militar, muitos artistas LGBTQIA+ brasileiros foram perseguidos, e suas obras — que abordavam temas de amor e identidade — foram censuradas por diversas vezes, acusadas de desafiar a norma social imposta pelos órgãos reguladores.

Naquela época, muitos desses artistas mantiveram suas identidades pessoais longe dos holofotes. Felizmente, os tempos mudaram. Hoje, o movimento LGBTQIA+ se fortaleceu, ganhando um lugar de destaque na sociedade e na cultura popular.

artistas LGBTQIA+ brasileiros
Créditos: Divulgação

Artistas estão cada vez mais expressando suas identidades com orgulho, usando suas plataformas para promover a igualdade e combater o preconceito. O que antes era silenciado, agora é celebrado com orgulho. 🏳‍🌈

Pensando na importância da representatividade, selecionamos alguns artistas LGBTQIA+ brasileiros de diferentes estilos que trouxeram mais diversidade para a música brasileira. Vem saber mais sobre eles!

Artistas LGBTQIA+ brasileiros

Selecionamos alguns artistas LGBTQIA+ brasileiros, de diferentes épocas, para celebrar não apenas a diversidade musical, mas também as pessoas talentosas por trás das canções. Confira!

Angela Rô Rô

A nossa lista começa com Angela Rô Rô por um motivo especial: ela foi a primeira cantora brasileira a se assumir publicamente como homossexual, ainda nos anos 70, e se considera “lésbica diamante” pela sua atitude. Inclusive, a artista sempre falou com naturalidade sobre o assunto.

Liniker

Liniker encantou todo mundo quando surgiu no cenário musical em 2015. Foram cinco anos de sucesso ao lado da banda Os Caramelows, até decidirem seguir caminhos diferentes em 2020.

A cantora declarou ser de gênero fluido, embora também se assuma como uma mulher trans, e é uma das principais vozes da MPB contra a violência de gênero.

Renato Russo

Um dos maiores nomes do rock nacional, Renato Russo até hoje é admirado por uma multidão de fãs. Embora preferisse se relacionar com homens, o cantor assumiu-se como bissexual.

Sua orientação sexual foi expressada na canção Meninos E Meninas, lançada em 1989 no álbum As Quatro Estações, da Legião Urbana.

Daniela Mercury

Daniela Mercury surpreendeu muita gente quando decidiu revelar seu relacionamento com a jornalista Malu Verçosa, em 2013.

Dois anos depois, a cantora lançou o videoclipe da música Maria Casaria com imagens reais do seu casamento, uma produção feita exclusivamente para a campanha mundial da ONU contra a homofobia.

Jão

Um dos nomes da música pop contemporânea, João Vitor Romania, mais conhecido pelo seu nome artístico Jão, é bissexual e já falou abertamente sobre o assunto em entrevistas.

Muito admirado por suas letras intensas, o cantor também comentou que a música Me Beija com Raiva foi escrita para um homem.

Cazuza

Sincero e polêmico, Cazuza sempre se declarou como bissexual. Embora não tenha chegado a levantar a bandeira do movimento, ele fazia questão de não esconder sua sexualidade e nem seus posicionamentos políticos.

Acredita-se que um dos seus hits mais famosos, Codinome Beija-Flor, tenha sido escrito para Ney Matogrosso.

Pepita

Uma artista versátil e muito conhecida por seus memes icônicos, Priscila Nogueira — mais conhecida como Mulher Pepita ou apenas Pepita — é uma cantora, compositora e dançarina brasileira.

Pepita é uma das primeiras funkeiras trans do Brasil e seu trabalho é muito associado ao ativismo LGBTQIA+.

Pedro Sampaio

O DJ, cantor, compositor e produtor musical Pedro Sampaio é bissexual e escolheu falar abertamente sobre isso em seu show no festival Lollapalooza, em 2023, onde recebeu mensagens de carinho e apoio, em especial, dos fãs.

Na ocasião, o DJ disse que “o futuro é liberdade, é você se identificar como quiser, se aceitar e não ter medo de ser quem você é.”

Pabllo Vittar

Que Pabllo Vittar é um ícone do movimento LGBTQIA+, todo mundo já sabe! A cantora é internacionalmente reconhecida como uma das drag queens mais influentes do mundo.

Embora prefira ser tratada no feminino quando está montada, Pabllo já declarou que não se identifica como mulher trans, mas como um homem gay que também é drag queen.

Ney Matogrosso

Quando o assunto é levantar bandeiras, Ney Matogrosso é categórico: “A bandeira sou eu. Ou não sou? Eu sou a bandeira, eu não preciso carregar uma”.

O cantor é um dos pioneiros do rock no país e sempre desafiou as noções conservadoras de masculinidade em suas performances, se tornando uma influência para outros artistas.

Ana Carolina

A cantora bissexual, também já levantou a bandeira LGBTQIA+ em seus shows, sendo um ícone para a música e para a comunidade. No videoclipe de Libido, Ana Carolina defende que a orientação sexual de uma pessoa deveria deixar de ser uma questão e passar a ser vista com naturalidade.

Lia Clark

A drag queen Lia Clark é uma cantora e compositora brasileira que ficou famosa em 2016, ao lançar o hit Trava Trava.

Com uma carreira consolidada e muitos fãs pelo país, a cantora é conhecida como a primeira drag que faz funk.

Cássia Eller

A cantora Cássia Eller nunca escondeu que era lésbica e se tornou uma referência para outras artistas no país.

Após sua morte, a viúva Maria Eugênia entrou com um processo para obter a guarda do filho da cantora, Chicão, que se encontrava com o avô. A justiça ouviu o garoto e posteriormente, em uma decisão inédita, concedeu a guarda pelo laço afetivo à viúva.

Urias

Mineira de Uberlândia (MG), Urias é uma mulher trans e fala sobre representatividade não só em suas músicas, mas também no cotidiano.

Além de cantora, ela também é modelo e amiga de longa data de Pabllo Vittar, com quem gravou a música Ouro.

Sandra de Sá

Rainha do soul brasileiro, Sandra de Sá passou muitos anos em silêncio até se declarar bissexual, em 2015. Em entrevista a Marília Gabriela, a cantora afirmou que “assumir é tirar um peso de você que não existe”.

Desde então, ela se casou com a compositora Simone Floresta e se apresentou na Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo.

Linn da Quebrada

Artista multimídia brasileira, Linn da Quebrada despontou em 2017, com sua primeira faixa, Enviadescer. A cantora e compositora é conhecida pelo seu processo criativo musical em diferentes etapas, explorando seu corpo através do uso da palavra, criando som e fazendo barulho.

Em 2022, Linn também participou do reality show Big Brother Brasil onde se destacou por suas falas e posicionamentos, além do grande carisma.

Pepê e Nenem

Pepê e Nenem fizeram muito sucesso no final dos anos 90 com o hit Mania de Você. Em 2012, as cantoras também declararam fazer parte da comunidade LGBTQIA+.

Gloria Groove

Uma das artistas mais importantes para o movimento LGBTQIA+ brasileiro, a drag queen Gloria Groove conseguiu furar a bolha do rap, um meio ainda muito machista e homofóbico.

Com grandes hits lançados, como VERMELHO, ela ainda apresentou o reality Nasce Uma Rainha, na Netflix.

A história do movimento LGBTQIA+ no Brasil

O movimento LGBTQIA+ brasileiro surgiu em 1978, como uma resposta à repressão e perseguição promovida pela ditadura militar. Chamado de Movimento Homossexual Brasileiro (MHB), o primeiro coletivo foi articulado em São Paulo e batizado como Somos – Grupo de Afirmação Homossexual.

Na mesma época, também surgiu o jornal Lampião da Esquina, de abrangência nacional, que denunciava a violência contra a comunidade. Em 1981, passou a circular outra publicação importante: o ChanacomChana, jornal lésbico distribuído no Ferro’s Bar, em São Paulo.

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Ferro’s Bar | Créditos: Divulgação

Embora o público do local fosse formado por mulheres homossexuais, os donos do bar desaprovaram a ação e as expulsaram em 1983. Isso gerou um protesto político que ficou conhecido como o Stonewall brasileiro — referência à rebelião ocorrida em Nova York, em 1969.

A partir de então, começaram a surgir inúmeros outros grupos e ações de suporte à comunidade pelo país. O movimento LGBTQIA+ defende causas como a criminalização da LGBTfobia, a adoção de crianças por casais homoafetivos e o casamento civil igualitário, por exemplo.

Nos mais de 40 anos de movimento, muito já foi conquistado. No entanto, o Brasil segue sendo um dos países que mais mata pessoas da comunidade LGBTQIA+ no mundo, o que mostra que ainda temos muito o que avançar.

Para comemorar o Dia do Orgulho LGBTQIA+

Curtiu conhecer os artistas LGBTQIA+ brasileiros que trouxeram importantes contribuições para o fim do preconceito na arte e na sociedade? Então aproveita e vem conferir também 20 Frases de música pro Dia do Orgulho LGBTQ+ para compartilhar e se orgulhar! 🌈

Frases para o dia do orgulho LGBTQ+

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