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Capítulo Primeiro

Bazar Pamplona

Eu não quero ser
Como as notas de rodapé são
As palavras estão corretas; estão
Mas não fazem um livro ser bom

Eu não quero ler
Uma história que não tem conclusão
Uma história em que as palavras vêm em vão
A vida tem que ter fúria e som

Não quero saber
Do sentido perdido na tradução
Do final que já se sabe de antemão
Do humor que força no tom

Tudo o que se escrever
Que saia do fundo do coração
Que se possa cantar numa canção
Que se embrulhe em papel crepom

Que dê vontade de comer
Cada letra de um livro de grão em grão
Que atraia e prenda minha atenção
Como o vermelho de um batom

Frases são veias abertas
Impressas no branco
Das páginas
E as letras que escorrem
Fluem como sangue
De cada autor

E se não se entender
Basta olhar de novo a introdução
Pra lembrar que nunca há solidão
Quando alguém exerce um dom

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