Forastero
Forastero me llaman porque no tengo
Ni un miserable rancho pa'mis inviernos
Pude tenerlo, es cierto, pude tenerlo
Pero gasté mis cobres con forasteros
Come mi pan hermano, bebe mi vino
Y sigue caminando por los caminos
Monedita redonda la de los pobres
La platita en sus manos se vuelve cobre
Han de cantar un día los chacareros
Trabajado sus chacras, trigal y cielo
Come mi pan hermano, bebe mi vino
Y sigue caminando por los caminos
Mi tierra está llenita de forasteros
Campesinos sin campo, coyas sin cerro
Pude tener un rancho, pude tenerlo
Pero gasté mis cobres con forasteros
Come mi pan hermano, bebe mi vino
(Y sigue caminando por los caminos)
Come mi pan hermano, bebe mi vino
(Y sigue caminando por los caminos)
Estranho
Estrangeiro me chamam porque não tenho
Nem mesmo um rancho miserável para meus invernos
Eu poderia tê-lo, isso mesmo, eu poderia tê-lo
Mas eu gastei meus cobres com estranhos
Coma meu pão irmão, beba meu vinho
E continue andando pelas estradas
Moeda redonda para os pobres
A pequena prata em suas mãos se transforma em cobre
Os agricultores têm que cantar um dia
Trabalharam suas fazendas, campo de trigo e céu
Coma meu pão irmão, beba meu vinho
E continue andando pelas estradas
Minha terra está cheia de estranhos
Camponeses sem campo, coyas sem colina
Eu poderia ter um rancho, eu poderia tê-lo
Mas eu gastei meus cobres com estranhos
Coma meu pão irmão, beba meu vinho
(E continue andando pelas estradas)
Coma meu pão irmão, beba meu vinho
(E continue andando pelas estradas)
Composição: Atahualpa Yupanqui e Carlos Guastavino