Olhe esse reflexo podre que lhe espelha
E talvez possa prever o que se passa
O rosto cansou, a vontade se perdeu
Sinta o ombro maculado pelo peso das falsas promessas
E nada mudou, e tudo se foi
O que resta quando o que foi almejado
Concretiza-se como mais uma falácia
É sua face que sorri para os anos passados

Insanidades de um tempo em que a inconformação lhe era permitido
Permissão revogada e uma conjuntura pronta para lhe asfixiar
Sirva-se do que se transformou
Deste cheiro insosso que exala
E no peito apenas aquele sentimento queimando
É o retrato de tudo o que sempre odiou

Composição: